A TERRA TREMEU DENTRO DE MIM E EU FIQUEI SEM CASA: DESCENDÊNCIAS PERDIDAS, FRONTEIRAS PARTIDAS E ALGUNS RISCADOS

de Maíra Zenun

Projecto de pesquisa e registo de grafites e pichações inscritas nas paredes de Lisboa, e que advenham de produção artística e política urbana feita pela população negra portuguesa e imigrante, que habita a cidade. Desta investigação, proceder em uma performance sobre o corpo negro [feminino] em relação – e em atividade – com a experiência de ser e de estar (em) Lisboa, pensando como essas marcas da cidade afetam esses corpos negros, inclusive o meu.

Maíra Zenun (Rio de Janeiro, Brasil, 1982): Mulher negra brasileira e em trânsito. Nascida na cidade do Rio de Janeiro, bairro de Botafogo, no dia 29 de outubro de 1982, às nove horas da manhã. Atualmente mora em Lisboa. Possui formação continuada em Ciências Sociais, Artes Fílmicas e Fotográficas – através da articulação de estratégias somadas e concomitantes de atuação e escrita. Poeta de infância e persistência, atua como estudante, educadora, artista visual, produtora cultural e videografista – com ênfase em fotografia, edição e montagem de imagens. Na base dos afetos, e em diálogo com as suas próprias especialidades artísticas e intelectuais, mantém trabalho autoral em imagens [estáticas e em movimento], performances e textos poéticos; expostos em coleções privadas, galerias de arte e publicações [impressas e virtuais]. Possui produção acadêmica recente sobre cinema negro africano e brasileiro. É autora do blog flores de maio.

FICHA ARTÍSTICA

Criação: Maíra Zenun
Coordenação: Maria Gil
Acompanhamento: Maria Gil, Marta Lança e Sara Anjo
Registo fotográfico: Joana Linda
Produção residência: Teatro do Silêncio 2017
Parceria: Projecto Pulsar da Junta de Freguesia de Carnide 2017
Projecto apoiado no âmbito do RAAML – Regulamento de Atribuição de apoios no Município de Lisboa e inserido na Passado e Presente – Lisboa Capital Ibero-americana de Cultura 2017

As residências artísticas de 2017 estão inseridas na A Sul – Plataforma de criação para artistas que habitam ou cruzam o espaço Ibero-americano, direccionada para a pesquisa, a investigação e a experimentação artísticas. A Sul pretendeu ser ainda um lugar de encontro e de reflexão entre artistas, e entre artistas e a cidade de Lisboa.

DATAS

15 de Agosto a 15 de Outubro de 2017, período de residências, Lavadouro Público de Carnide, Lisboa
15 de Dezembro de 2017, apresentação pública, Lavadouro Público de Carnide, Lisboa

Outras apresentações
17 de Novembro e 15 de Dezembro de 2017, oficina com o Grupo de Jovens do Centro Social e Polivalente Bairro Padre Cruz, na Unidade de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade Luz, da Santa Casa da Misericórdia, Carnide, Lisboa

© Gilby