Sociedade anónima é uma contra-lenda que desafia um conceito do capitalismo e mostra a sua menoridade, cegueira e incomunicabilidade, pela observação de outras sociedades invisíveis, sensíveis, ali reunidas. Nesta SA é possível perceber formas de vida subtis, singulares e originárias. Segue-se um movimento de nascimento contínuo que precisa, muitas vezes, tornar-se arte para se fazer notar. O objectivo desta sociedade de sociedades sensíveis é existir além de resistir.

Virgínia Mota (Matosinhos, 1976): Actualmente reside em Belo Horizonte. É licenciada e bacharel em Artes Plásticas pela Escola superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Mestre em Estética e Filosofia da Arte pela Universidade Federal Fluminense do Rio de Janeiro e prepara uma tese de doutoramento em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a partir de Walter Benjamin e um recurso à memória. Escreve paralelamente um ensaio intitulado Sociedade Anónima.

FICHA ARTÍSTICA

Artistas em residência: Miguel Cardoso, Rita Brás, Rita Natálio, Virgínia Mota
Coordenação: Maria Gil
Acompanhamento: Maria Gil e Marta Lança
Registo fotográfico: Joana Linda
Produção residências: Teatro do Silêncio 2017
Parceria: Projecto Pulsar da Junta de Freguesia de Carnide 2017

Projecto apoiado no âmbito do RAAML – Regulamento de Atribuição de apoios no Município de Lisboa e inserido na Passado e Presente – Lisboa Capital Ibero-americana de Cultura 2017
As residências artísticas de 2017 estão inseridas na A Sul – Plataforma de criação para artistas que habitam ou cruzam o espaço Ibero-americano, direccionada para a pesquisa, a investigação e a experimentação artísticas. A Sul pretendeu ser ainda um lugar de encontro e de reflexão entre artistas, e entre artistas e a cidade de Lisboa.