abutres do amor

de Miguel Branco

É uma mania que se vem tornando vício. De Fevereiro a Junho, Miguel Branco (jornalista, colaborador de meios como a Time Out Lisboa e o Observador e dramaturgo) foi uma espécie de mosca, um tipo encostado num canto a tirar notas, viu A Importância de Ser Georges Bataille ainda antes de ele ser. Melhor: foi-lhe adivinhando a silhueta, o cheiro, essas coisas que se sentem quando alguém ou alguma coisa se está a formar. Foi escrevendo, compilando, fazendo perguntas, foi estando por lá. E depois, com a ajuda de Miguel Bonneville, e apoio do Teatro do Silêncio para esta residência de escrita, fez um livro/dossier/aglomerado de folhas, uma mini-edição que reúne as palavras que amealhou durante este quatro meses. Chamou-lhe abutres do amor. É esse objecto, juntamente com uma conversa sobre tudo isto, que apresenta este sábado, no Lavadouro Público de Carnide, às 18h30.

 

Miguel Branco (Almada, 1991): é licenciado em Jornalismo pela Escola Superior de Comunicação Social do IPL. É jornalista freelancer, tendo antes passado pelas redacções do Jornal i, do Sol e da Time Out Lisboa. Colaborou com o Observador e com a Antena 3. Esteve sempre ligado ao jornalismo cultural e, gradualmente, foi-se aproximando do teatro. Em 2014, para o i, acompanhou o processo de criação do encenador croata Ivica Buljan, a propósito de “Cais Oeste”, de Bernard-Marie Koltès, espectáculo criado para o Festival de Teatro de Almada. Trabalho que o fez vencer o Prémio Internacional de Jornalismo Carlos Porto. Viria a repeti-lo, para o Observador, acompanhando o actor Nuno Lopes a construir a sua personagem para “A Noite da Iguana”, de Tennessee Williams. Actualmente encontra-se a trabalhar como dramaturgo para a Companhia Mascarenhas-Martins, do Montijo. “Até Parece” é um espectáculo com estreia em Maio de 2019 e que é o seu primeiro texto dramático.

FICHA ARTÍSTICA

Artista em residência: Miguel Branco
Coordenação: Maria Gil e Miguel Bonneville
Acompanhamento: Miguel Bonneville
Apoio à produção: Cristina Correia, Vítor Alves Brotas, Teatro do Silêncio 2019

DATAS

2019

Jan-Junho, período de residência

15 Junho, apresentação pública, Lavadouro Público de Carnide, Lisboa